sexta-feira

Do balé ao futebol, satisfação garantida na FME


 
A pequena bailarina Malu sorrindo
Aula de capoeira
Dezenas de modalidades esportivas são praticadas diariamente na sede da Fundação Municipal de Esportes (FME). Além dos esportes praticados dentro da instituição, outras modalidades ganham apoio da FME e ainda outras recebem uma subvenção através de convênio firmado com a Prefeitura de Campos. Opções para a população com certeza não faltam e em um breve passeio pela sede da instituição é possível constatar a satisfação de crianças, jovens e adultos com os servições prestados.
Durante o dia, as salas da FME, e o Ginásio Waldir Pereira, recebem crianças de várias idades e classes sociais diferentes. Entre os esportes mais procurados estão a natação, artes marciais, balé e o futebol. Com a aproximação do final do ano, os pais avaliam o desempenho e o desenvolvimento das crianças dentro do esporte e também em casa e na escola. Todos são unânimes ao afirmar que seus filhos melhoraram em todos os aspectos.
As pequenas bailarinas Malu Félix, Thaíssa Costa e Pauline de Souza são só sorrisos ao sair da sala de aula. As mães acreditam que os estudos de balé ajudaram na escola, na disciplina e também na socialização das meninas. A dona de casa Regina Souza vem para a sede da FME duas vezes por semana. Ela sai do distrito de Santo Amaro para trazer a pequena Pauline para as aulas de balé com a professora Cláudia Bulé. Para ela o todo o esforço é válido. “Enquanto ela quiser fazer balé eu trago. Saio de Santo Amaro bem cedinho e volto no mesmo dia, pois ela estuda lá, mas fico feliz porque ela está feliz também”, contou a dona de casa que lembra que teve a sua vida facilitada por conta do Cartão Cidadão que lhe dá direito a passagem a um real.
O garoto Yann (colete azul) pratica futebol no campo de grama da FME
As mães de Malu Félix e Thaíssa Costa, respectivamente, Marluce Santos e Daniele Ribeiro, também estão satisfeitas com o desempenho das meninas que já se preparam para as provas finais do curso preparatório de balé. “Minha filha treina em casa, faz as posições e está bastante interessada no balé, estou muito satisfeita com esse projeto”, declarou Marluce.
A delicadeza dos passos do balé contrasta com a disciplina e os golpes de artes marciais que acontecem na sala ao lado. Taekwondo, jiu jitsu e a capoeira – que não é considerada arte marcial, mas um misto de dança e luta - são esportes que também recebem centenas de alunos semanalmente. A casa cheia deixa o coordenador de artes marciais, Marcelo Rangel com a esperança de que novos talentos surjam para o esporte nacional. “É bom ver as salas cheias de alunos pois estamos garimpando talentos para representar bem o nome de nossa cidade em qualquer lugar do Brasil, e quem sabe até do mundo”, disse Marcelo.
O futebol é outro esporte que arrasta centenas de crianças. Todas as turmas, em todos os horários, na sede da Fundação Municipal de Esportes estão lotadas. Os pais acompanham o desempenho dos filhos e estão satisfeitos com o serviço apresentado pela instituição. O funcionário de plataforma, Alcimar Freitas, tem dois filhos participando das atividades esportivas na sede da FME. O pequeno Yann, de 9 anos, é o craque do futebol que sonha jogar com a camisa dez de seu time. Já a jovem Yasmin, de 13 anos, está entre as jogadoras do time de vôlei da FME que em breve deve começar a disputar competições estaduais. “Só tenho palavras de agradecimento e elogios para o programa da Prefeitura de Campos, meus filhos melhoraram em todos os aspectos. As notas melhoraram, eles estão mais confiantes e agora encaram a vida de outra forma, perderam até a timidez e isso tem deixado a minha familia muito feliz”, explicou Alcimar.
Apresentação da turma de taekwondo
Temor - O professor de Taekwondo da FME, José Carlos Batista, revela que existe também uma preocupação recorrente entre os pais: a perda do recurso dos royalties. Segundo ele, os pais estão preocupados com o encerramento das atividades, caso Campos perca mesmo a verba oriunda dos royalties. “Desde que a disputa pelos royalties começou os pais me procuram após as aulas temendo que o projeto termine caso Campos não receba mais essa verba. Eu tento acalmar todos eles, mas digo que será preciso lutar para não tomarem o que é nosso por direito”, afirmou o professor.
A dona de casa Josane Bastos, participa duas vezes por semana das aulas de hidroginástica e alongamento. Com problemas de saúde e sem condições de pagar pelos serviços, está nervosa com a possibilidade de perder os benefícios por causa das disputas na Câmara Federal. “Não saberia o que fazer se não pudesse mais frequentar essas aulas, eu e meu marido precisamos disso, não temos condições de pagar e se não fosse esse programa da Prefeitura eu naõ saberia o que fazer. Peço a Deus que ilumine a cabeça desses políticos em Brasília para que tudo fique como está”, finaliza.